sábado, dezembro 19, 2015

Eu não sei mais o que fazer com essas situações. As chances de algo acontecer comigo nunca foram expressivas, a porcentagem dessa fração que ainda acredita em algo não passa do mínimo, e isso não é suficiente para me manter vivo enquanto ando por aí com minhas horríveis olheiras - consequência de dias e dias indo dormir sempre as três ou quatro da manhã. O café não queima mais minha língua de tão frio que o meu corpo se tornou, e com meus diálogos matutinos também não foi diferente. Não sei mais o que é receber um bom dia - no termo amplo da expressão. Se alguma coisa nesse mundo ainda irá me apresentar alegria, espero que venha antes que o meu instinto de desistência se manifeste, pois o meu talento para terminar algo antes mesmo de começar é inteligentemente reconhecido pelos meus hormônios que não se cansam de me mandar ir à merda. Se não consegue lidar com isso sozinho, não lide. Não deixe nascer o que já irá vir morto.

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