Eu estou escrevendo porque te procurar seria humilhante. Você se sente favorável deixando-me de lado como se eu fosse descartável, como se meus sentimentos fossem ilusões criadas por momentos que se tornaram mágicos. A vida não é um coelho que tiramos de uma cartola e depois devolvemos-o, para usa-lo no próximo número. Não gosto de cartas, não gosto de truques, gosto de veracidade. Gosto de sentir a autenticidade do momento. Gosto de me sentir especial. Jogue limpo comigo, não use máscaras nem passe o número errado para, mais tarde, dizer que se enganou. Não me trate como se eu não sentisse toda essa distância e indiferença. Não sucumba meu coração com frases elaboradas que você costuma usar com quem te encanta. Jogue as verdades na minha cara. Se me quer, venha. Se não, não simule partidas desesperadas e altruístas, sua ausência não me traz paz. Não alise-me com suas facas de realidade, crave-as em mim e deixe-me morrer.
Vejo as pessoas escapando entre meus dedos, e a saudade escorrendo pelos meus olhos.
Estou fardo de ter que forjar pensamentos para escapar da dor, de fingir acreditar não ter medo de perder pessoas, não ter medo de esquecer lugares, não ter medo de me perder de mim mesmo. Se me mandam ir embora, eu vou; se dizem que enjoaram de mim, eu entendo; se dizem que sou um caso perdido, eu nem ligo. Minha vida toda foi assim, um tanto faz, uma incógnita, um “se der deu, se não, deixa”.
terça-feira, dezembro 15, 2015
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